PRINCIPAIS NORMAS PARA PROJETOS ELETRICOS

PROJETOS ELÉTRICOS: O PAPEL DAS NORMAS TÉCNICAS

Notícias /Projetos elétricos: o papel das normas técnicas.


As normas técnicas desempenham um papel fundamental pois garantem a qualidade nos serviços de projetos e engenharia. Por isso atuam como um guia para padronizar a elaboração dos projetos. Dessa maneira asseguram que o produto final, como edifícios e comércios, atenda aos requisitos mínimos de funcionalidade e segurança.

Com base nessa premissa, as normas técnicas são essenciais para estabelecer diretrizes e garantir a segurança dos projetos. Por exemplo, assim como os extintores de incêndio são indispensáveis em um mercado, na área elétrica também existem requisitos diversos que visam assegurar o uso seguro e confiável da energia elétrica.

A seguir, realizaremos uma breve análise das principais normas técnicas que determinam a elaboração de projetos elétricos.

O que vamos abordar neste artigo:

Você pode ir direto para a parte que mais te interessa:

Agora nos aprofundaremos mais em cada tópico.

PRINCIPAIS NORMAS

NORMAS PARA PROJETOS ELETRICOS

A elaboração de um projeto elétrico tem como objetivo garantir condições funcionais e seguras para a utilização da energia elétrica pelos diversos usuários. Nos últimos anos, temos observado um aumento significativo na variedade de eletrodomésticos disponíveis no mercado. Atualmente, existem equipamentos como fogões, panelas e fritadeiras que são totalmente elétricos.

Portanto, é essencial que as instalações internas da edificação sejam seguras, funcionais e estejam em conformidade com o fornecimento de energia elétrica pela concessionária. Além disso, é necessário protegê-las contra possíveis descargas atmosféricas e outros surtos que possam ocorrer na rede de distribuição de energia.

Dentre as principais normas que contribuem para o cumprimento dessas condições, destacam-se:

  • ABNT NBR 5410 (Instalações Elétricas em Baixa Tensão)
  • Normas das Concessionárias (Fornecimento de Energia)
  • ABNT NBR 5419 (Proteção Contra Descargas Atmosféricas)

A seguir, exploraremos as principais características dessas normas e como elas são aplicadas na elaboração de um projeto elétrico.

ABNT NBR 5410

ABNT NBR 5410

A norma NBR 5410 é a base e, indiretamente, uma das normas mais comuns no cotidiano das pessoas. Ela estabelece uma série de requisitos essenciais, como a quantidade mínima de tomadas por ambiente, a potência mínima desses pontos e as regras de distribuição dos circuitos.

Já parou para refletir sobre a necessidade de ter um quadro de distribuição de circuitos em nossa residência? A NBR 5410 explica que, para garantir um uso seguro e confiável, é preciso separar os diferentes tipos de cargas em circuitos distintos. Dessa forma, se um deles apresentar algum problema, os outros permanecerão em operação. Por exemplo, se o chuveiro apresentar um defeito, você não vai querer que a geladeira desligue, certo?

Outro ponto importante dessa norma está relacionado ao uso de dispositivos conhecidos como interruptores diferenciais residuais. Apesar do nome complicado, sua função é simples: proteger os usuários contra choques elétricos. A norma estabelece a obrigação de instalar esses dispositivos em áreas molháveis, como banheiros, lavanderias, cozinhas e áreas externas.

Agora que compreendemos os requisitos básicos para o interior de uma edificação, vamos entender um pouco mais sobre como determinamos o tipo de fornecimento de energia disponibilizado pela concessionária de energia.

NORMAS DAS CONCESSIONÁRIAS

CONCESSIONÁRIA CEMIG

As normas técnicas estabelecidas pelas concessionárias de energia local são responsáveis por regular o fornecimento de energia na região onde a unidade consumidora está localizada. No Brasil, existem mais de 100 concessionárias, como CEMIG, CPFL, ENERGISA, cada uma delas com normas e procedimentos específicos para o fornecimento de energia. Essas normas determinam as diretrizes relacionadas ao tipo e seção dos cabos, quantidade de fases e tensão de fornecimento (127 V / 220 V / 13.800 V).

No caso da CEMIG, as normas de fornecimento são divididas com base na natureza da edificação (individual ou coletiva) e na potência demandada pelos dispositivos elétricos da instalação. São elas:

  • ND 5.1: Estabelece os requisitos mínimos e as cargas para uma instalação de baixa tensão em atendimento individual. Essa norma abrange residências de baixo e médio padrão, pequenos comércios e oficinas.
  • ND 5.2: Também define os requisitos mínimos e cargas para uma instalação de baixa tensão, porém em atendimento coletivo. É aplicada em edifícios com múltiplos consumidores, como condomínios, por exemplo.
  • ND 5.3: Trata do fornecimento de energia em média tensão (13,8 KV). Geralmente é aplicada em edificações maiores, como supermercados, hospitais, indústrias e edifícios verticais de alto padrão.

Em resumo, as normas estabelecidas pelas concessionárias especificam os padrões necessários para a entrega e medição correta da energia elétrica. Através desses padrões, as concessionárias têm controle sobre o faturamento de energia e identificam possíveis furtos (“gatos”).

Agora que conhecemos os requisitos básicos para o interior de uma edificação e os padrões exigidos pelas concessionárias para o fornecimento de energia, vamos entender as condições necessárias para proteger os equipamentos e as pessoas contra descargas atmosféricas.

ABNT NBR 5419

ABNT NBR 5419

A norma NBR 5419 é responsável por determinar os requisitos básicos e de segurança para a proteção da estrutura, cargas e pessoas contra descargas atmosféricas e surtos de tensão. Essa norma é geralmente aplicada em edifícios verticais de grande porte, mercados e indústrias que apresentam um maior potencial de receber uma descarga atmosférica.

Você já ouviu falar que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Bem, pensando nisso, a NBR 5419 exige a instalação de um Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) em estruturas onde a análise de risco indique perigo de queda de raios.

Dentre os principais componentes que compõem um sistema de SPDA, podemos mencionar o uso de captores, que são responsáveis por captar os raios, sistemas de descidas, que encaminham o raio da cobertura ao solo, e sistemas de aterramento, que dissipam a energia do raio.

É importante ressaltar que um sistema de SPDA não atrai os raios, mas sim atua como uma proteção para dissipar a energia caso ocorra uma queda de raio. Isso garante a integridade da estrutura e a segurança das pessoas que estão no local.

DPS

Proteção contra Surtos (DPS)

Esta norma aborda um ponto importante referente à proteção de equipamentos. Um raio pode se propagar na rede de distribuição da concessionária e alcançar os equipamentos internos da residência, indústria ou comércio. Geralmente, esses raios chegam como picos de tensão, podendo ultrapassar os 1000 V, o que é muito superior à maioria dos dispositivos elétricos convencionais.

Para evitar danos a esses equipamentos, a NBR 5419 recomenda o uso de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS). Esses dispositivos atuam limitando a tensão a valores suportados pelos dispositivos elétricos conectados, evitando assim danos.

Além disso, é importante destacar o crescente aumento no uso de dispositivos elétricos com várias funcionalidades nos últimos anos. Para garantir um funcionamento seguro desses dispositivos, é essencial ter um bom projeto elétrico. Pensando nisso, os projetos elaborados pela Porto Bello Engenharia estão sempre à frente, abordando as normas e tendências de mercado mais recentes, com o objetivo de garantir o funcionamento adequado das instalações e a segurança dos usuários.

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BRUNO LEMOS

BIM MEP Electrical


PORTO BELLO ENGENHARIA.

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